terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Andarilha

 
Esse ano de 2013 foi um ano cheio de grandes viagens, de viagens de todos os tipos, curtas e longas, outras inesquecíveis não pelo simples local, mas sempre pela companhia, por quem conhecemos lá ou por quem levamos conosco.
Viajar é algo que me surpreende, me move, me sinto viva, é o novo ao redor, é a luta por não deixar o habito virar um estilo de vida ou uma rotina, é a possibilidade da troca de maneira mais intensa, é a mudança de pensamento e de experiência...
É viajar com o outro em uma descoberta de quem somos, até aonde vamos e quais os nossos limites para começarmos a rompê-los.
Algumas viagens deveriam ser esquecidas, uma das primeiras desse ano foi um encontro com o meu "interior", voltei ao passado sabendo que ele não muda e que afeta em vários sentido esse presente, que me mostra que eu não consegui evitar que os erros se repetissem...Mas voltamos juntas com a esperança de mudança.
A mais dura talvez e que está grudada em mim, foi atravessar a fronteira contigo, impensável, em alguns momentos preferiria ficar sem saber de nada, sem sentir...Esquecer é algo que nosso corpo faz para poder viver de maneira mais leve, mas é de um esforço extremo, ele não consegue deletar tudo, principalmente vocês viagens que impregnam o corpo e a alma.
Eu continuo a viajar, tudo em mim é saudade e alegria do encontro, com esse diferente, com o cara sobre efeito do “doce”, mas que fala de Deus de uma forma apaixonante e que me encanta novamente.
A surpresa de está em outro estado, num templo feito por homens, que te olham pelo que você tem ou como se veste, que sentem pena de ti por não ser “santo” como eles, ou na sua face mais exposta ousam falar mal de quem não tem a voz para se defender, mas nesse encontro com o lado desumano, cheio de caos, encontrei os loucos que não seguem essa doutrina, loucos que viajam contigo para não te deixar só, que viajam contigo pelo prazer de está com você, mesmo sabendo que você não é sã como a maioria exige...no caos encontrei meus melhores loucos, que no meio do templo  ao som do glória e aleluia oco que vieram como soco em meu estômago me seguraram, por que louco reconhece outro, os mais calmos seguram uns com níveis críticos de violência..kk! É nesse hospício que vivemos, prefiro está nele do que dentro desses templos com todos os são da terra.
O triste é saber que existem pouco desses loucos ao meu redor, muitos vão sendo domesticados pela indiferença e correria do nosso tempo, e quem não vai nesse mesmo ritmo para eles são os loucos, esses que param suas vidas por alguns instantes ou dias, só para ter a certeza de que a sua viagem vai ser mais tranquila, essas  pessoas marcam exatamente por isso, por que ousam sair da corrente e te tocar de maneira  extraordinária.
 
São esses encontros com esse loucos que vivem suas vidas contra essa falta de tempo determinado, que me faz sentir novamente vontade de voltar para outras  viagens com Deus, são essas pessoas que muitas vezes estão a margem, que não estão no padrão, que me mostram como é ser hospitaleira, que me mostram como é amar sem olhar para o relógio, tempo com qualidade está escasso, então aproveite o que você tem e usufrua amando quem está perto de você...
As vezes viajo sem sair do lugar para poder te tocar...Saudade!
 
 
Suy Melo

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