domingo, 4 de agosto de 2013

Um dia.



 Eu ainda me pego não acreditando, esperando o sorriso voltar.
Foi tão rápido e tudo tão intenso que as situações são repassadas lentamente quando eu paro, por isso não parar é uma escolha para fugir do enfrentamento da certeza da não volta, da não possibilidade de restaurar, da não possibilidade de reunir, de não viajar, de não festejar a formatura tão desejada, de ir ao casamento sonhado, de ver o neto esperado.
O não está presente, a ausência que está presente em tudo, na dor da perda e na alegria de ir tomar um banho de praia, nas viagens planejadas e que não deram tempo de serem vivenciadas.
Agora se vive tentando da mais significado, da mais sentido já que se perde muito ao perder alguém muito importante e que junto consigo levou muitos sonhos que não foram possíveis viver, muitas promessas não cumpridas.
Enquanto houve vida, teve alegria, brigas e festa, quando começou a sobreviver, ali mesmo começou a morrer, porque sobrevivência não é vida, principalmente para quem sempre foi tão intensa, por isso prezo hoje em fazer com que meus sonhos se realizem para que quando chegue minha vez, só levem meu corpo, pois meus sonhos terão sido vivenciados...
Vivendo um dia a mais, por saber que viver é um dom que não deve ser desperdiçado... Um dia de cada vez!