Esse ano de 2013 foi um ano cheio
de grandes viagens, de viagens de todos os tipos, curtas e longas, outras inesquecíveis
não pelo simples local, mas sempre pela companhia, por quem conhecemos lá ou
por quem levamos conosco.
Viajar é algo que me surpreende,
me move, me sinto viva, é o novo ao redor, é a luta por não deixar o habito
virar um estilo de vida ou uma rotina, é a possibilidade da troca de maneira
mais intensa, é a mudança de pensamento e de experiência...
É viajar com o outro em uma
descoberta de quem somos, até aonde vamos e quais os nossos limites para começarmos
a rompê-los.
Algumas viagens deveriam ser
esquecidas, uma das primeiras desse ano foi um encontro com o meu "interior", voltei ao passado sabendo que
ele não muda e que afeta em vários sentido esse presente, que me mostra que eu
não consegui evitar que os erros se repetissem...Mas voltamos juntas com a
esperança de mudança.
A mais dura talvez e que está
grudada em mim, foi atravessar a fronteira contigo, impensável, em alguns
momentos preferiria ficar sem saber de nada, sem sentir...Esquecer é algo que
nosso corpo faz para poder viver de maneira mais leve, mas é de um esforço extremo,
ele não consegue deletar tudo, principalmente vocês viagens que impregnam o
corpo e a alma.
Eu continuo a viajar, tudo em mim
é saudade e alegria do encontro, com esse diferente, com o cara sobre efeito do
“doce”, mas que fala de Deus de uma forma apaixonante e que me encanta
novamente.
A surpresa de está em outro
estado, num templo feito por homens, que te olham pelo que você tem ou como se
veste, que sentem pena de ti por não ser “santo” como eles, ou na sua face mais
exposta ousam falar mal de quem não tem a voz para se defender, mas nesse
encontro com o lado desumano, cheio de caos, encontrei os loucos que não seguem
essa doutrina, loucos que viajam contigo para não te deixar só, que viajam
contigo pelo prazer de está com você, mesmo sabendo que você não é sã como a
maioria exige...no caos encontrei meus melhores loucos, que no meio do templo ao som do glória e aleluia oco que vieram como
soco em meu estômago me seguraram, por que louco reconhece outro, os mais
calmos seguram uns com níveis críticos de violência..kk! É nesse hospício que
vivemos, prefiro está nele do que dentro desses templos com todos os são da
terra.
O triste é saber que existem
pouco desses loucos ao meu redor, muitos vão sendo domesticados pela
indiferença e correria do nosso tempo, e quem não vai nesse mesmo ritmo para
eles são os loucos, esses que param suas vidas por alguns instantes ou dias, só
para ter a certeza de que a sua viagem vai ser mais tranquila, essas pessoas marcam exatamente por isso, por que
ousam sair da corrente e te tocar de maneira extraordinária.
São esses encontros com esse
loucos que vivem suas vidas contra essa falta de tempo determinado, que me faz
sentir novamente vontade de voltar para outras viagens com Deus, são essas pessoas que muitas
vezes estão a margem, que não estão no padrão, que me mostram como é ser
hospitaleira, que me mostram como é amar sem olhar para o relógio, tempo com
qualidade está escasso, então aproveite o que você tem e usufrua amando quem
está perto de você...
As vezes viajo sem sair do lugar
para poder te tocar...Saudade!
Suy Melo