Hoje eu andei a 100 km por hora e
fechei meus olhos por alguns instantes que pareceram minutos eternos. Não sei
se para não pensar em você ou se simplesmente para te sentir perto, coração
acelerado e adrenalina tomando conta do corpo todo, mas nem chegou perto da
sensação que era esta perto de você, causando a inquietação se sou inocente ou
responsável pelo que aconteceu nesse processo de constante transformação.
Essa transição me perturba, vivo em
constante contradição, amor e ódio, desejo e repulsa que me move a um lugar de
desconforto. Não estamos no mesmo tom, você todo seguro de si fala baixo, busca
o ocultamento, deixa que esperem por ti, essas são características de
filósofos de acordo com Nietzsche, eu porem sou o exagero, a dependência,
a necessidade de amizades ou ate de inimizade, você não gosta de ser perturbado,
prefere o silêncio a o burburinho das amizades, esquece e despreza com
facilidade, para você parece de mau gosto sofrer pela verdade, Nietzsche parece
que conheceu uma versão sua.
Nesse espaço eu me confundo com você,
há um tempo que caminhei muito a fundo em tua direção, o reflexo no espelho se
torna parecido e já não somos os mesmo. Hoje vivo bem no silêncio e não gosto
de ser perturbada por inimizade e nem tão pouco por amizades rasas, me reservo
e descanso da constante vontade (...), me livrando da tortura do hoje, já que o
passado tem menos força a cada dia...
Suy Melo