quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Intensidade...


Hoje eu andei a 100 km por hora e fechei meus olhos por alguns instantes que pareceram minutos eternos. Não sei se para não pensar em você ou se simplesmente para te sentir perto, coração acelerado e adrenalina tomando conta do corpo todo, mas nem chegou perto da sensação que era esta perto de você, causando a inquietação se sou inocente ou responsável pelo que  aconteceu nesse processo de constante transformação.

Essa transição me perturba, vivo em constante contradição, amor e ódio, desejo e repulsa que me move a um lugar de desconforto. Não estamos no mesmo tom, você todo seguro de si fala baixo, busca o ocultamento, deixa que esperem por ti, essas são características de  filósofos de acordo com Nietzsche, eu porem sou o exagero, a dependência,  a necessidade de amizades ou ate de inimizade, você não gosta de ser perturbado, prefere o silêncio a o burburinho das amizades, esquece e despreza com facilidade, para você parece de mau gosto sofrer pela verdade, Nietzsche parece que conheceu uma versão sua.

Nesse espaço eu me confundo com você, há um tempo que caminhei muito a fundo em tua direção, o reflexo no espelho se torna parecido e já não somos os mesmo. Hoje vivo bem no silêncio e não gosto de ser perturbada por inimizade e nem tão pouco por amizades rasas, me reservo e descanso da constante vontade (...), me livrando da tortura do hoje, já que o passado tem menos força a cada dia...
Suy Melo

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Nostalgia

         
              Já se passaram quatro meses e eu perdi vocês duas de uma só vez. A "fé e a esperança”, a fé sempre esteve comigo, desde os meus primeiros passos, sempre ao redor, já a esperança encontrei poucas vezes, pois quando criança se têm muita fé naquilo que nos ensinam, cheios de convicção e acreditamos facilmente, não havia muito espaço para ela, pois a fé ocupava tudo.
             Quando encontrei você comecei a sonhar com as infinitas possibilidades, criei expectativas, não tive mais certeza de nada, dessa vez foi forte e a despedida mais cruel, pois nos encontramos despretensiosamente, a fé porém sempre teve por perto mesmo com brigas e despedidas, mas nunca tivemos muito tempo separadas, uma base solida foi criada entre a gente, ligações e preocupação uma com a outra, você porém me veio no meio de uma calmaria e na hora de tomar decisões cruciais, revirou minha vida me fazendo olhar sobre um outro prisma, encheu meus dias de alegria e de intensidade, algo que descreve bem você.
                      Nos últimos meses a fé estava ausente, não a sentia como antes, não era mais a mesma que aprendi a está perto desde criança, e com sua ida definitiva eu não fiquei a mesma, sensação de que não vou mais voltar a ser, agora a esperança também me deixou por eu não ter mais essa convicção, essa bendita certeza que todos exigem de nós, certeza do que somos, do que queremos, de quem amamos...
               Eu ainda me sinto sem chão com sua mudança repentina, com sua ausência, você não ficou para que eu pudesse me despedir com calma da minha fé, não ficou para que pudéssemos terminar amigavelmente esse embate, não ficou nem por perto, quis ir embora sem deixar rasto, pior ainda que na sua pressa deixou marcas de sujeira e decepção comigo mesmo, por ter deixado você ocupar tanto espaço, que não lhe devia ser e que não se soube deixar.
                Sem vocês duas estou agora a reencontrar outras possibilidades, sei que a fé não irá voltar da mesma forma porque ela morreu, mas sei que renascerá mais forte, a esperança,
tenho fé que voltará mais intensa e cheia de vida me trazendo outro sonho, uma nova forma de amar cheio de reviravoltas, porque a vida é essa caixinha de surpresa que continua a surpreender, e seu eco reverbera em tudo que está próximo a mim
.

                                                                                                                      Suy Melo