Volta e meia o passado volta para nos assombrar ou simplesmente para nos fazer lembrar do que aconteceu. Ontem olhei pra você e lembrei dela e do meu padrasto.
Não te desejo mal, menina, mas as vezes sinto que me sentiria bem se soubesse que o que ele e você fizeram a minha mãe, lhes voltassem com a mesma medida, no seu caso, que ele fizesse a mesma coisa que nos fez.
Estranho ir a uma festa onde se comemora o inicio, as promessas, as bênçãos...todo o ritual sagrado, "o até que a morte nos separe",e chegar em casa, ir dormi bem, desejando aos novos andarilhos uma longa caminhada juntos e a mais sincera felicidade.
Então no meio do sono, lembrar de você é lembrar do fim, é querer desacreditar que tudo isso pode ser verdade, é me tornar cética e não querer dançar a música mais agitada da festa, é parar pra refletir, quando eu sei que deveria somente me permitir sentir...Quando deveria deixar você ir e ser feliz com o seu outro caminho e torcer para que todas as cicatrizes se fechem e que o medo não faça mais parte das nossas vidas...
Aos que não gostam do ritual sagrado e nem o querem, não deixe de viver por conta do profano ou da cicatriz ainda aberta...
Não é por que não deu certo uma vez, que não dará certo novamente. Aos meus amigos que não querem se casar - comprometendo-se a uma vida difícil junto com alguém que te desperte "As Três Chamas:" da amizade, do amor e da paixão...não deixemos isso passar por conta de um passado não tão belo. Espero que possamos perdoar e continuar a acreditar que o amor vence todas as barreiras, inclusive a marca de uma traição.
Suy Melo
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