quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O amor e a pitomba.

      
        Existe várias formas de amar, uma delas é o amor de pitomba.


      Aveludado, camada fina e suculenta, com uma forma não definida, superfície que protege um caroço duro, esse aveludado toma a forma do caroço, se juntam tornando-se um só.
      Com um gosto particular que só eles dois tem, o caroço sem a camada não é a pitomba pra se comer, um doce com um pouco de azedo, um prazer que só sabe quem gosta de pitomba, depois da primeira só se para quando a boca não agüenta mais, só que não se abusa, tem a briga da boca que pede uma pausa, mas o resto do corpo continua pedindo...
     Depois que se quebra a casca ali se descobre outro mundo, depois que se permite viver e entrar na vida da outra pessoa acaba fazendo parte de tudo, do seu lado doce e agradável aos seus tormentos mais ácidos e grosseiros, ali se vive um amor ‘pitombeira’, uma planta que chega a atingir 12 metros de altura e serve para recuperar áreas degradadas, pois serve de alimento para vários pássaros.
    Tudo se aproveita, tudo se renova, mesmo que os frutos só venham por alguns meses no ano, mas a arvore permanece solida e pronta pra dar frutos novamente, dando sombra para os que se aproximam...As marcas que ficam na arvore são sinais de que viveu muito, de que amadureceu e de que seu fruto vai ser mais suculento e forte a cada estação, pronto pra adocicar outras vidas...Se assim for cuidada..
Suy Melo.

2 comentários:

  1. Fiquei com vontade de um amor pitomba...rsrsr...Belíssimo o texto,bem poético.

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  2. Fui reler alguns e agora que vi o seu comentário. .saudade nega...eu tive um...esperando por um mais saboroso..kkkk

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